segunda-feira, 23 de julho de 2012

Dica de Livro da Semana

Depois de anos (não estou exagerando), finalmente comprei e li o livro "Um amor para recordar", do Nicholas Sparks. O livro é pequeno e eu já esperava que seria uma boa leitura, mas não imaginei que pudesse devorar todas as páginas em apenas 3 horas! E, quando terminei de ler, senti aquele vazio, que muitos costumam chamar de depressão pós livro e que quase me levou a reler tudo naquele mesmo momento.
Muita gente, principalmente por causa do filme, já deve estar familiarizada com o livro também, mas não me importo em dar essa dica - que, na verdade, não é uma novidade -, porque é uma leitura que realmente, eu disse realmente, vale à pena.
Mesmo, antes de ler, já tendo visto o filme, sinceramente, não consegui estabelecer um parâmetro para comparar as duas artes. O livro apresenta uma história bem mais enxugada, um pouco mais detalhada e, por vezes, mais completa. O romance está lá, óbvio, mas de uma maneira um pouco mais simplificada do que vemos no filme.
Spoilers!
 No livro não vemos aquela lista dos desejos da personagem principal, Jamie, e nem a primeira coisa que procurei e percebi que faltava a frase "Nosso amor é como o vento, não podemos vê-lo, mas podemos senti-lo.", a não ser na orelha da capa. O livro também não enfatiza tantos personagens como faz o filme e a rebeldia em questão é muito menos rebelde do que nossos tempos modernos nos permite imaginar. Mas é claro, o filme é baseado no livro, baseado. Até porque, se seguisse à risca o que o livro nos conta, certamente seria uma filme meio parado. E, como escritora, digo que sem uma narração que conte o que realmente se passa, fica difícil transmitir aos expectadores a emoção que se quer passar e que, por isso, digo que o filme encontrou ótimas maneiras de enaltecer a personalidade dos personagens principais, bem como a relação entre eles.
Mas não pensem que, só porque não tem tudo o que há no filme, o livro é chato, parado. Pelo contrário, apesar de não ter tudo aquilo, a leitura nos presenteia com outros e tantos detalhes: a verdadeira história por trás da peça de teatro - e a história da peça em si -, a verdadeira comoção pela doença da Jamie ( uma vez que no livro percebi que ela está muito mais frágil do que se mostra no filme) e podemos entender a relação entre Landon e Hegbert (pai da Jamie) que, no filme, acho que acabou ficando meio por alto. E, foi só com o livro que, quando vi Jamie dizer para Landon prometer que não se apaixonará por ela, é que não achei isso algo presunçoso.
Na verdade, tentando comparar, a única coisa que acho que no filme foi melhor, foi o modo como tudo terminou, mas só porque achei um pouco mais completo.
Então, sem mais delongas, e antes que eu me esqueça, aqui vai uma pequena resenha do livro:

O livro começa com a narração do velho Landon Carter, contando sobre o melhor e mais memorável momento de sua vida, que aconteceu quando era um jovem de 17 anos.
Nessa época, em 1958, Landon era um jovem totalmente despreocupado com a vida. Na verdade, apenas uma coisa o preocupava: sua reputação diante dos seus amigos. Ele era oriundo de uma família rica, filho de um político e neto de um homem que usou da 'esperteza' para enriquecer. Por isso, pastor da cidade, Hegbert Sullivan, nutre uma espécie de receio sobre a família de Landon, o que, para próprio Landon, a princípio, não faz diferença alguma.
Jamie, mesmo para Landon, que a considera, entre outras coisas, estranha, é uma garota única. Ela é filha do reverendo, está sempre com uma bíblia em mãos, e, aos 17, tem uma maturidade que muito adultos não conseguiriam entender. Isso, sem contar a bondade, simpatia e altruísmo. Mas, apesar de tantas qualidades, Landon e seus amigos não se cansam de atormentá-la.
Por ironia do destino, ou obra de Deus, Jamie e Landon acabam por ter que dividir alguns momentos juntos, o que acaba  permitindo a ele vê-la de um modo diferente, por poder olhar para o mundo dela mais de perto e, por vezes, fazer parte dele. E ele acaba se apaixonando por ela, mesmo tendo prometido que não o faria. Mas isso não significa que os pensamentos dele mudaram 100% porque, apesar do que sente, a personalidade de Jamie muitas vezes acaba deixando Landon frustrado, principalmente por não conseguir entender como, apesar de tudo o que lhe acontece diretamente, ela consegue ser tão boa com todos e sempre tão receptiva.
Aos poucos (nem tão pouco assim) a influência de Jamie começa a tornar Landon uma pessoa melhor e, com isso, ele passa a ignorar o que os amigos pensam sobre sua, então, namorada e passa a colocar Jamie acima de todas as outras coisas.
Porém, quando parece que o final feliz está por vir, temos o baque: Jamie está doente. Ela tem um tipo de câncer incurável e, no momento em que revela isso a Landon, ela já foi diagnosticada com pouco mais que sete meses de vida. Landon se choca com a noticia, mas nem por um segundo pondera sobre ficar ou não com ela. Ele lhe dá todo o apoio possível, apesar de não entender e não conseguir ser tão forte quanto ela.
Como último ato de amor, Landon pede Jamie em casamento, o maior sonho dela, então.
Diferente do que eu, e com certeza, muita gente queria, não há uma cura milagrosa para Jamie e, o final do livro não é dos mais felizes, mas as lições de vida estão lá, entre as linhas, e não são poucas.

É isso, fica a dica desse livro incrível e, acrescento, não percam a oportunidade de mergulhar nessa história.


2 comentários:

  1. Só li até antes da parte dos apoilers, Dandara!! rs... mas fiquei feliz, porque comprei esse livro outro dia numa promoção do submarino! Quem bom que você gostou tanto!!!

    Só pra constar, eu li o seu livro muito rápido, devorei! rs... Sua apresentação como autora parceira e a resenha saem ainda essa semana, me perdoe pela demora... Logo os links estarão no seu e-mail!! =)

    Muito obrigada por ter se tornado parceira, pela paciência e pelo lindo livro!!!

    Beijo!

    Ju
    Entre Palcos e Livros

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  2. Tudo bem Ju! Aguardo ansiosa!
    Eu que digo obrigada, pela oportunidade e pela parceria.
    Beijos!

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